Vazamento traz problema de imagem para a BP
5/05/2010
British Petroleum luta para salvar vidas e recuperar imagem após vazamento de óleo no Golfo do México
Enquanto a BP se vê diante de milhares de galões de petróleo que vazaram no Golfo do México no dia 20 de abril, a empresa enfrenta também uma grande crise de imagem.
A BP havia feito anteriormente uma campanha de marketing bem sucedida no qual se mostrava como amiga do meio-ambiente. Mas essa imagem pode agora se virar contra a empresa, pois ela passou a imagem de estar despreparada para uma catástrofe dessa magnitude. E isso coloca a publicidade em desacordo com a realidade.
A ação "Além do Petróelo", lançada há 10 anos pela Ogilvy, era vista como um caso de estudo sobre reposicionamento de marca. E, ironicamente, a empresa foi nomeada recentemente como uma finalista em uma premiação federal para "empresas com grande segurança na prevenção da poluição".
Essa desconexão é um choque mesmo para especialistas em crises, como Harlan Loeb, diretor de gerenciamento de crise da Edelman nos EUA. "Esse tipo de evento deveria ser claramente contemplado nas simulações de crises", afirmou. "A empresa não deveria se demonstrar despreparada".
Aparentemente, a empresa seguirá o roteiro adotado pela Toyota recentemente, na crise dos recalls. Para Loeb, a BP é uma empresa centralizada, como a montadora japonesa, o que tende a resultar em um processo de tomada de decisões não eficiente quando a crise explode.
Loeb diz ainda os indícios de que a empresa estaria oferecendo US$ 5 mil para residentes para não entrarem com processo contra ela traz uma mensagem com distúrbios, neste momento inicial. "Quando o público vê a companhia liderando um processo para limitar sua exposição legal, não é algo bom.
Para Gene Grabowski, a mensagem deveria ter sido mais focada no tamanho do desafio e na maneira como eles estavam trabalhando em conjunto com o governo, a Guarda Costeira e a Marinha. "Mas eles preferiram comunicados dizendo que eles não poderiam gerenciar a situação e que buscariam ajuda de onde quer que ela viesse".
A administração de Obama também demorou para reagir e manteve o foco mais na BP do que na resposta do próprio governo. Membros do gabinete, no domingo, foram a talk shows para enfatizar a responsabilidade da BP.
Para Grabowski, a empresa precisa ter transparência. "A BP tem que mostrar que é uma organização de pessoas que estão trabalhando duro para nos proteger", concluiu, lembrando que as redes sociais devem ser amplamente utilizadas. "A BP está em uma situação de guerra e precisa de todo o esforço para vencê-la".
Do Advertising Age.
Enquanto a BP se vê diante de milhares de galões de petróleo que vazaram no Golfo do México no dia 20 de abril, a empresa enfrenta também uma grande crise de imagem.
A BP havia feito anteriormente uma campanha de marketing bem sucedida no qual se mostrava como amiga do meio-ambiente. Mas essa imagem pode agora se virar contra a empresa, pois ela passou a imagem de estar despreparada para uma catástrofe dessa magnitude. E isso coloca a publicidade em desacordo com a realidade.
A ação "Além do Petróelo", lançada há 10 anos pela Ogilvy, era vista como um caso de estudo sobre reposicionamento de marca. E, ironicamente, a empresa foi nomeada recentemente como uma finalista em uma premiação federal para "empresas com grande segurança na prevenção da poluição".
Essa desconexão é um choque mesmo para especialistas em crises, como Harlan Loeb, diretor de gerenciamento de crise da Edelman nos EUA. "Esse tipo de evento deveria ser claramente contemplado nas simulações de crises", afirmou. "A empresa não deveria se demonstrar despreparada".
Aparentemente, a empresa seguirá o roteiro adotado pela Toyota recentemente, na crise dos recalls. Para Loeb, a BP é uma empresa centralizada, como a montadora japonesa, o que tende a resultar em um processo de tomada de decisões não eficiente quando a crise explode.
Loeb diz ainda os indícios de que a empresa estaria oferecendo US$ 5 mil para residentes para não entrarem com processo contra ela traz uma mensagem com distúrbios, neste momento inicial. "Quando o público vê a companhia liderando um processo para limitar sua exposição legal, não é algo bom.
Para Gene Grabowski, a mensagem deveria ter sido mais focada no tamanho do desafio e na maneira como eles estavam trabalhando em conjunto com o governo, a Guarda Costeira e a Marinha. "Mas eles preferiram comunicados dizendo que eles não poderiam gerenciar a situação e que buscariam ajuda de onde quer que ela viesse".
A administração de Obama também demorou para reagir e manteve o foco mais na BP do que na resposta do próprio governo. Membros do gabinete, no domingo, foram a talk shows para enfatizar a responsabilidade da BP.
Para Grabowski, a empresa precisa ter transparência. "A BP tem que mostrar que é uma organização de pessoas que estão trabalhando duro para nos proteger", concluiu, lembrando que as redes sociais devem ser amplamente utilizadas. "A BP está em uma situação de guerra e precisa de todo o esforço para vencê-la".
Do Advertising Age.
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